terça-feira, dezembro 12, 2006

ode a chico buarque

Como o Chico não apareceu ainda?
Postei uma parte de O circo místico lá embaixo, c'est vrai, mas nenhum texto. Um despropósito.
Ah, sim, o lugar-comum. Entende a alma feminina.
Mas além disso:
1. Ele é lindo e pronto.
2. O Chico é cool. Usa malha de cashemere azul degradê com um bom corte de calça, mas não tão estruturado quanto o de alfaiataria. Muito cool.
3. Ele é discreto. Todas as mulheres querem dar pra ele e parece que ele não come ninguém. Salvo quando a Caras consegue fotos e estampa na capa.
4. Ele começa a contar histórias, morre de rir e mal chega até o final. E é tão lindo quando ele morre de rir.
5. Sobre o álbum Chico canta. Parte de um grande projeto sobre Calabar, de cunho político, na época do regime militar. Livro, peça de teatro, disco. O livro saiu, a peça foi vetada, e o disco, que originalmente se chamava Chico canta Calabar, teve a última palavra suprimida pela censura. E ele sai com essa: Ficou uma coisa esquisitíssima, Chico canta. Óbvio, é um cantor.
6. Foi vaiado por uma platéia ensandecida no Festival da Música Popular Brasileira de 1968, quando concorria com Sabiá, parceria com Tom Jobim. Mesmo assim, não perdeu a compostura e ficou firme lá na frente. Um ano antes, na mesma situação, Sérgio Ricardo quebrou o violão e jogou no público. Ok, é atitude, mas não é nada fino. O Chico é fino.
7. "Apenas seguirei como encantado ao lado teu". Sem comentários.
8. É filho do Sérgio Buarque de Holanda, historiador importantíssimo.
9. Dança meio tímido no palco, e é uma graça.
10. Ele canta sorrindo e vale cada centavo investido para vê-lo fazer isso de perto.

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