domingo, dezembro 10, 2006

havana meu amor

Ontem assisti, de novo, Buena Vista Social Club. Lindo, lindo, lindo. As músicas, os velhinhos e suas histórias, tudo é bom, tudo é tocante.
Não há como não se impressionar com a Havana retratada ali. Construções quase em ruínas remetem a um passado não necessariamente grandioso, mas um pouco mais rico. Nas ruas, carros que chegaram lá nos anos 50. Parados ou em movimento, dão a impressão de que sua principal finalidade é fazer lembrar um outro tempo.
E por mais pobre e triste que seja agora, olho para Cuba com uma dose grande de carinho. Se foi palco da Revolução que começou toda certa, que fez acreditar que a utopia poderia ser verdade. Crença que, mesmo amarelada, paira sobre Havana. Nos cartazes com a foto do Che espalhados por todo lado, na placa gasta dizendo que a Revolução é eterna, no letreiro gigante com o nome do Marx.
Mas eu sei, isso é visão romântica de turista que não tem idéia do que é viver os problemas todos da ilha da resistência. Visão de comunista de boutique, como diz meu amigo.
Só os cubanos podem falar da Revolução e seus limites. Como faz Ibrahim Ferrer, um dos músicos do Buena Vista: "Se tivéssemos seguido o caminho material, teríamos desaparecido. Nós, cubanos, temos muita sorte. Nesse aspecto, somos pequenos, mas somos muito fortes. Soubemos resistir ao bem e ao mal."
O que mais se pode dizer?

2 comentários:

Anônimo disse...

sem palavras!
eu quero ir a cuba!

Anônimo disse...

De Alto Cedro voy para Macané
Llego al Puerto voy para Mayarí