E agora trabalhamos todos com computadores à nossa frente e ligados à Internet e temos o hábito fatal de checar a caixa de emails de vinte em vinte minutos.
Ora eu me sinto solitária, ora eu me divirto, a Livraria Saraiva me ama, me chama pelo nome e me escreve todo dia. Seguida pela Sony,pela Livraria Cultura, pela Associação Brasileira de Estudos Medievais, pelo Bolsa de Mulher e pela Americanas.com, a melhor loja do mundo também na internet. O Mnemocine esqueceu de mim e o NoMinimo morreu, os dois sites que mantinham o nível da corte virtual e não queriam me vender coisas.
Só o que me conforma é que o "Aumente seu pênis" vai direto para o Spam. Quando eu receber "Olá Janaína, essa é uma chance única para você aumentar seu pênis", aí eu desisto e volto para o modo antigo (quantas vezes eu fui ao correio na vida? Umas cinco, acho).
sexta-feira, agosto 31, 2007
quinta-feira, agosto 30, 2007
who wants to be a superhero?
Estou vivendo no vácuo deixado pelas séries de amor - terminei de ver Sex and the City, espero ansiosamente o box da 6ª temporada das Gilmore. Então, minha vida televisiva ganha agora personagens não tão românticos, mas nem por isso menos interessantes.
Finalmente Twin Peaks. Riam do meu atraso, folks, mas quando a série foi ao ar eu tinha 11 anos, meu pai nunca deixaria eu ficar em frente à tv até tão tarde para ver na globo (aos 11, eu mal sabia da existência da tv a cabo). Novo Herói nº1: Agente Cooper.
O médico mais cínico do mundo com uma capacidade detetivesca para diagnosticar doenças misteriosas. Novo Herói nº2: House.
Eeeeeeeeeeeeee...Heroes!Todos são ótimos. Mas claro, eu tenho um preferido. Novo Herói nº3: Hiro, o supernerd japonês.
Como vocês podem ver, minha vida está a salvo até as garotas voltarem.
Finalmente Twin Peaks. Riam do meu atraso, folks, mas quando a série foi ao ar eu tinha 11 anos, meu pai nunca deixaria eu ficar em frente à tv até tão tarde para ver na globo (aos 11, eu mal sabia da existência da tv a cabo). Novo Herói nº1: Agente Cooper.
O médico mais cínico do mundo com uma capacidade detetivesca para diagnosticar doenças misteriosas. Novo Herói nº2: House.
Eeeeeeeeeeeeee...Heroes!Todos são ótimos. Mas claro, eu tenho um preferido. Novo Herói nº3: Hiro, o supernerd japonês.
Como vocês podem ver, minha vida está a salvo até as garotas voltarem.
anotações contentes pra quando a tpm vai embora. ou dá uma trégua.
Manhã nublada com superheróis, música e afeto.
A vida é boa.
A vida é boa.
quarta-feira, agosto 29, 2007
anotações rabugentas para os dias de tpm
(ou, como eu não ando com vontade de escrever porra nenhuma, encho isso aqui de bobagens ainda maiores do que quando estou com vontade).
Na próxima encarnação quero nascer borboleta. Direto, sem a porra da lagarta porque eu não quero aprender porra de lição de moral nenhuma que a lagarta feia vira borboleta bonita.
Eu quero ser uma borboleta falante que só sabe falar porra.
Porra, porra, porra.
Na próxima encarnação quero nascer borboleta. Direto, sem a porra da lagarta porque eu não quero aprender porra de lição de moral nenhuma que a lagarta feia vira borboleta bonita.
Eu quero ser uma borboleta falante que só sabe falar porra.
Porra, porra, porra.
terça-feira, agosto 28, 2007
alma de baleia, espírito de porco
Ando sem ganas de escrever e com muitas delas para falar mal de quem. Mas eu não resisto, com o livro que eu recebi hoje: "Exorcize sua alma gorda". Mens magra in corpore magro. Só é gordo quem quer, que nada. Só é gordo quem tem alma gorda.
A proposta do livro é essa: identificar o glutão transcedental que existe em você e eliminá-lo. Alma manequim 38, já no próximo verão.
E para quem pensou que esse post não poderia ficar mais pobre, um bom e velho clichê: o primeiro passo para resolver um problema é reconhecê-lo.
Descubram, então, se sua alma está acima do peso:
Alma magra:
-refere-se a uma macarronada como carboidratos;
-pimentão, tomate e cebola=saborosa salada;
-tem olho proporcional a sua "não-barriga";
-sua ídola é a manequim Twiggy dos anos 1960.
Alma gorda:
-refere-se com prazer a uma macarronada como pasta ou macarronada mesmo;
-pimentão, tomate e cebola=molho do cachorro-quente;
-tem o olho maior que a barriga (avantajada, diga-se de passagem);
-sua ídola são todas as modelos da fase renascentista.
Agora chega, senão eu vou ter que levar a minha alma (gorda, por supuesto) para vomitar.
A proposta do livro é essa: identificar o glutão transcedental que existe em você e eliminá-lo. Alma manequim 38, já no próximo verão.
E para quem pensou que esse post não poderia ficar mais pobre, um bom e velho clichê: o primeiro passo para resolver um problema é reconhecê-lo.
Descubram, então, se sua alma está acima do peso:
Alma magra:
-refere-se a uma macarronada como carboidratos;
-pimentão, tomate e cebola=saborosa salada;
-tem olho proporcional a sua "não-barriga";
-sua ídola é a manequim Twiggy dos anos 1960.
Alma gorda:
-refere-se com prazer a uma macarronada como pasta ou macarronada mesmo;
-pimentão, tomate e cebola=molho do cachorro-quente;
-tem o olho maior que a barriga (avantajada, diga-se de passagem);
-sua ídola são todas as modelos da fase renascentista.
Agora chega, senão eu vou ter que levar a minha alma (gorda, por supuesto) para vomitar.
quinta-feira, agosto 23, 2007
quarta-feira, agosto 22, 2007
o retorno do historiador
Por enquanto é só uma idéia. Uma conversa. Uma possibilidade.
A gente busca tanto o sentido, quer saber para que serve, quer saber o que sabe. E sabe pouco, sempre. E sabe ser inquieto, oh, sim, há tantas opções, às vezes tudo parece possível, às vezes parece tão difícil. Escolhas, escolhas.
Odyr me diz que todo mundo nasce para alguma coisa. Não sei ainda para quê, eu. Mas pensar em papéis velhos, lembrar do cheiro, da textura, dos tesouros escondidos numa revista antiga me trouxe, se não a resposta mágica definitiva, a memória de uma sensação acolhedora. Um pertencimento, um clube que me aceita como sócia.
A ver.
A gente busca tanto o sentido, quer saber para que serve, quer saber o que sabe. E sabe pouco, sempre. E sabe ser inquieto, oh, sim, há tantas opções, às vezes tudo parece possível, às vezes parece tão difícil. Escolhas, escolhas.
Odyr me diz que todo mundo nasce para alguma coisa. Não sei ainda para quê, eu. Mas pensar em papéis velhos, lembrar do cheiro, da textura, dos tesouros escondidos numa revista antiga me trouxe, se não a resposta mágica definitiva, a memória de uma sensação acolhedora. Um pertencimento, um clube que me aceita como sócia.
A ver.
quinta-feira, agosto 16, 2007
rápida e em tempo real
Cliente velhinha e eu com uma dor de estômago de matar:" vi um livro com uma capa linda que parece que é muito bom. Você sabe qual é?"
quarta-feira, agosto 08, 2007
o retorno de marley
Nos dias de bom humor, a chegada de caixas de livros é sempre uma alegria, parece natal antes do tempo (nos dias de mau humor, resmungos mais-coisas-para-cadastrar). Hoje é um dia do primeiro tipo, e coincidentemente chegaram muitos livros na Dona Laura.
Antes de abrir as caixas, uma olhada rápida na nota fiscal, para saber o tamanho do meu contentamento. E lá estava, entre "O Livro de Ouro da Psicanálise" e "Os deuses e o amor" (como a mitologia explica e orienta nossas escolhas e relacionamentos), um livro chamado Orson. Na hora eu pensei: yes, uma biografia do Orson Welles e mais um livro para a minha prateleira preferida, a de cinema.
Ledo engano. Orson é "um cachorro para toda a vida", "louco, trapalhão e inesquecível - um amigo de verdade". O comentário do autor de "Marley e eu" (na capa):"Jon Katz compreende os cães como poucos e desvenda a alma canina com delicadeza e sabedoria".
Fala sério.
Na faculdade, eu tinha um professor que dizia nunca assistir filmes com os três C - câncer, criança e cachorro - por conta da alta concentração de tristeza apelativa dos mesmos. Esse tipo de livro segue o mesmo princípio, suponho. Não sei se tem uma criança com câncer que é dona do cachorro, ou uma criança que tem um cachorro com câncer, ou um cachorro que pensa que é uma criança com câncer. Pelo jeito é o relato de um homem e seu cão que mostrou para ele as coisas importantes da vida e morreu no final. Não, eu não li nem a primeira página, mas não é preciso ser o José Mindlin para descobrir como essa história acaba.
E bueno, acho que vocês me entendem, a implicância não é com o cachorro, not at all. Cães são o máximo. Mas convenhamos. Primeiro o Marley, depois os três da Abigail ("Harry, Rosie e Carolina irão preencher o vazio da cama e aquecê-la nas noites gélidas"), depois o Christopher (um porco - e mais uma vez o comentário do dono do Marley na capa: "algumas vezes precisamos de um porquinho esperto para nos mostrar o que realmente importa na vida" - há). Tempos atrás li sobre um leilão milionário entre editoras americanas pelos direitos de publicação da história de um gato mascote de uma biblioteca.
E agora o Orson.
O Rocco, meu labrador, ficou no interior profundo e eu tenho saudades dele. Acho que vou escrever um livro sobre isso e ficar milionária.
"Meu caso de amor com Rocco começou numa gélida manhã de julho, quando, pela primeira vez, meus olhos perceberam aquela bola branca de pelos frágil e desamparada, e não tive dúvidas em trazê-lo comigo. Mal sabia eu que a partir daquele dia minha vida nunca mais seria a mesma".
P.S.:E por falar em oportunismo, Orson foi para a vitrine. Ah, o vil metal.
Antes de abrir as caixas, uma olhada rápida na nota fiscal, para saber o tamanho do meu contentamento. E lá estava, entre "O Livro de Ouro da Psicanálise" e "Os deuses e o amor" (como a mitologia explica e orienta nossas escolhas e relacionamentos), um livro chamado Orson. Na hora eu pensei: yes, uma biografia do Orson Welles e mais um livro para a minha prateleira preferida, a de cinema.
Ledo engano. Orson é "um cachorro para toda a vida", "louco, trapalhão e inesquecível - um amigo de verdade". O comentário do autor de "Marley e eu" (na capa):"Jon Katz compreende os cães como poucos e desvenda a alma canina com delicadeza e sabedoria".
Fala sério.
Na faculdade, eu tinha um professor que dizia nunca assistir filmes com os três C - câncer, criança e cachorro - por conta da alta concentração de tristeza apelativa dos mesmos. Esse tipo de livro segue o mesmo princípio, suponho. Não sei se tem uma criança com câncer que é dona do cachorro, ou uma criança que tem um cachorro com câncer, ou um cachorro que pensa que é uma criança com câncer. Pelo jeito é o relato de um homem e seu cão que mostrou para ele as coisas importantes da vida e morreu no final. Não, eu não li nem a primeira página, mas não é preciso ser o José Mindlin para descobrir como essa história acaba.
E bueno, acho que vocês me entendem, a implicância não é com o cachorro, not at all. Cães são o máximo. Mas convenhamos. Primeiro o Marley, depois os três da Abigail ("Harry, Rosie e Carolina irão preencher o vazio da cama e aquecê-la nas noites gélidas"), depois o Christopher (um porco - e mais uma vez o comentário do dono do Marley na capa: "algumas vezes precisamos de um porquinho esperto para nos mostrar o que realmente importa na vida" - há). Tempos atrás li sobre um leilão milionário entre editoras americanas pelos direitos de publicação da história de um gato mascote de uma biblioteca.
E agora o Orson.
O Rocco, meu labrador, ficou no interior profundo e eu tenho saudades dele. Acho que vou escrever um livro sobre isso e ficar milionária.
"Meu caso de amor com Rocco começou numa gélida manhã de julho, quando, pela primeira vez, meus olhos perceberam aquela bola branca de pelos frágil e desamparada, e não tive dúvidas em trazê-lo comigo. Mal sabia eu que a partir daquele dia minha vida nunca mais seria a mesma".
P.S.:E por falar em oportunismo, Orson foi para a vitrine. Ah, o vil metal.
terça-feira, agosto 07, 2007
a segunda-feira clássica
O filme inteiro é maravilhoso, mas uma das situações que eu mais gosto em Annie Hall é a da brincadeira na cozinha com a lagosta, vivida por Annie e Alvy, que depois tenta inutilmente reproduzi-la com outra mulher. É aquela história: cada relacionamento tem sua lógica própria, suas piadas próprias, suas neuroses próprias, absolutamente intransferíveis. E suas próprias tradições.
Uma das nossas, há pouco instituída, é a segunda-feira clássica: noite com comidinhas, vinho se o tempo permitir e um good and old classic movie.
A proposta foi aceita de bom grado por ambos, mas nem tudo são flores na vida do casal, e surge o grande dilema: a escolha do filme. Porque uma outra característica da nossa relação é a disputa, ora velada, ora explícita, pelo controle do controle remoto. Como diz o Odyr, nos tópicos tv e música os dois querem ser o macho alfa.
Ontem, depois de duas videolocadoras, muitos debates e exaustos de tanto ler sinopses de filmes, fomos vencidos pelo cansaço e seduzidos pelo pop. Ok, um desses diversão garantida. O eleito foi Kung-fusão, na hora eu pensei, well, o nome não convence, mas pra quem virou fã do Gafanhoto, que seja.
Misture num mesmo filme referências tão díspares como kung fu, romances obscuros de Hong Kong da década de 40,gângsteres, O iluminado, Papa-léguas e Fred Astaire ( e outras mais). Funciona. Num minuto você está vendo uma cena digna dos melhores filmes de artes marciais e no minuto seguinte você tem a impressão de assistir a um desenho animado, e tudo embalado por uma trilha sonora surpreendente. Escrito, dirigido e estrelado pela mesma pessoa, no caso, o chinaman Stephen Chow.
O mais provável é que Kung-Fusão não fique para a posteridade e continue espremido na estante filmes-de-ação entre os outros blockbusters. Mas para a gente, ele mereceu a segunda-feira.
Uma das nossas, há pouco instituída, é a segunda-feira clássica: noite com comidinhas, vinho se o tempo permitir e um good and old classic movie.
A proposta foi aceita de bom grado por ambos, mas nem tudo são flores na vida do casal, e surge o grande dilema: a escolha do filme. Porque uma outra característica da nossa relação é a disputa, ora velada, ora explícita, pelo controle do controle remoto. Como diz o Odyr, nos tópicos tv e música os dois querem ser o macho alfa.
Ontem, depois de duas videolocadoras, muitos debates e exaustos de tanto ler sinopses de filmes, fomos vencidos pelo cansaço e seduzidos pelo pop. Ok, um desses diversão garantida. O eleito foi Kung-fusão, na hora eu pensei, well, o nome não convence, mas pra quem virou fã do Gafanhoto, que seja.
Misture num mesmo filme referências tão díspares como kung fu, romances obscuros de Hong Kong da década de 40,gângsteres, O iluminado, Papa-léguas e Fred Astaire ( e outras mais). Funciona. Num minuto você está vendo uma cena digna dos melhores filmes de artes marciais e no minuto seguinte você tem a impressão de assistir a um desenho animado, e tudo embalado por uma trilha sonora surpreendente. Escrito, dirigido e estrelado pela mesma pessoa, no caso, o chinaman Stephen Chow.
O mais provável é que Kung-Fusão não fique para a posteridade e continue espremido na estante filmes-de-ação entre os outros blockbusters. Mas para a gente, ele mereceu a segunda-feira.
quarta-feira, agosto 01, 2007
protelar é viver
Atire o primeiro relatório quem nunca trocou uma obrigação iminente pela primeira desimportância que apareceu na frente.
Lembro dos trabalhos chatos da faculdade - ok, um artigo para o mês que vem, tenho muito tempo para ficar olhando as pontas do meu cabelo. Começo a escrever amanhã. Mas amanhã tem Curtindo a vida adoidado pela octogésima vez na sessão da tarde e é claro que eu assisto para perceber nuances que passaram batido nas outras 79.
No outro dia tem cinema, no outro tem boteco, no outro tem compras e por aí vai.
Véspera, então. Agora é sentar na frente do computador, estalar os dedos, ter todos os livros de apoio por perto, comidinhas, água e café. Mas são só seis da tarde, se eu começar às sete até meia-noite eu termino. Ainda posso jogar uma partida de paciência (houve uma época que eu tomei uma atitude drástica e deletei paciência do computador. Viciei em pinball).
E o resto é fácil: um jogo de paciência viram cinco, a comida acaba e você decide que precisa cozinhar alguma coisa que vai te tomar pelo menos uma hora, acidentalmente você liga a tv e descobre um documentário interessantíssimo sobre o processo de descaroçamento de algodão, você tem a brilhante idéia de provar todas as suas roupas para ver o que não quer mais. E seis da tarde viram sete da noite que viram meia-noite e seu artigo é escrito numa madrugada em claro. Seguido pelo comentário autocrítico e autopiedoso eu-nunca-mais-vou-fazer-isso. Como naquela historinha em que o Calvin precisava entregar um trabalho escolar e dizia para o Hobbes que não adiantava tentar fazer nada antes de ser tomado pela inspiração suprema: o pânico do último minuto.
Tenho estantes para arrumar mas me dei conta de que já faz muito tempo que eu não escrevo nada aqui.
Algumas coisas não mudam.
Lembro dos trabalhos chatos da faculdade - ok, um artigo para o mês que vem, tenho muito tempo para ficar olhando as pontas do meu cabelo. Começo a escrever amanhã. Mas amanhã tem Curtindo a vida adoidado pela octogésima vez na sessão da tarde e é claro que eu assisto para perceber nuances que passaram batido nas outras 79.
No outro dia tem cinema, no outro tem boteco, no outro tem compras e por aí vai.
Véspera, então. Agora é sentar na frente do computador, estalar os dedos, ter todos os livros de apoio por perto, comidinhas, água e café. Mas são só seis da tarde, se eu começar às sete até meia-noite eu termino. Ainda posso jogar uma partida de paciência (houve uma época que eu tomei uma atitude drástica e deletei paciência do computador. Viciei em pinball).
E o resto é fácil: um jogo de paciência viram cinco, a comida acaba e você decide que precisa cozinhar alguma coisa que vai te tomar pelo menos uma hora, acidentalmente você liga a tv e descobre um documentário interessantíssimo sobre o processo de descaroçamento de algodão, você tem a brilhante idéia de provar todas as suas roupas para ver o que não quer mais. E seis da tarde viram sete da noite que viram meia-noite e seu artigo é escrito numa madrugada em claro. Seguido pelo comentário autocrítico e autopiedoso eu-nunca-mais-vou-fazer-isso. Como naquela historinha em que o Calvin precisava entregar um trabalho escolar e dizia para o Hobbes que não adiantava tentar fazer nada antes de ser tomado pela inspiração suprema: o pânico do último minuto.
Tenho estantes para arrumar mas me dei conta de que já faz muito tempo que eu não escrevo nada aqui.
Algumas coisas não mudam.
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