O Paulo Coelho é o novo funcionário da casa de cultura. O universo conspirou pra que ele usasse um uniforme com o nome do cinema bordado na camisa, e agora, ao invés do caminho de Santiago, ele guia as pessoas até os filmes.
Meu desejo de fazer o looooongo e demorado e cansativo caminho místico-religioso-novo-sentido-à-vida do livro do mago é inexistente. Mas fico verde de vontade de fazer a mini-peregrinação até a sala de projeção( uns dez passos mais ou menos).
Há séculos não vou ao cinema, eu e meus horários bandidos e minha única folga na semana, dia de ficar em casa.
E enquanto trabalho o demônio faz pirraça e anuncia uma mostra com filmes de Orson Welles e Fellini e Buñuel, de graça e bem ali a dez passos.
A mim me resta olhar, do balcão, os contentes indo e vindo atrás do bruxo, enquanto Borges, imortalizado num ímã aqui na minha frente, diz que o paraíso é uma espécie de livraria.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário