O que faz de um livro um grande livro?
São muitos critérios, não? Literários, obviamente. Mas políticos também. Mercadológicos. E até de compadrio. Ou alguém entende exatamente quais os méritos que levam um escritor ao panteão da imortalidade da nossa ABL? E o que dizer do último ganhador do Pulitzer que também está na lista do clube de leitura da Oprah?
Qualquer classificação tem uma parcela grande de subjetividade, interesses envolvidos, trocas. Nem sempre a gente entende e nem sempre a gente concorda. Ainda mais quando se trata de uma experiência tão íntima quanto a leitura. Por isso que lançamos ao mar a garrafa com o deus - ou deuses- das palavras, parafraseando o García Marquez, e fazemos nossas próprias listas de livros.
A minha acaba de ganhar mais um título: Tudo se ilumina, do Jonathan Safran Foer. Estou totalmente encantada, e olha que ainda nem terminei. É lindo, é engraçado, é triste, é poético. Às vezes o que eu estou lendo é tão bonito que eu não sei nem o que fazer, releio o parágrafo, tenho vontade de sair mostrando para as pessoas, como ele teve aquela idéia, e como conseguiu escrevê-la tão inacreditavelmente bem, como aquilo me tocou tanto. O tipo de livro que mesmo quando você não está lendo, as imagens estão lá, brincando na sua cabeça, e você não vê a hora de se encontrar com ele de novo.
Desses livros que fazem diferença. Por muitos motivos. E quando eu leio o jornal e me desespero com a avalanche de desgraças anunciando o fracasso da espécie, penso que ainda se escrevem coisas assim e que, no fim das contas, a humanidade não está de todo perdida.
Ah, claro. Essa maravilha da literatura contemporânea está a venda na livraria Dona Laura. O melhor atendimento com o preço normal. E a logomarca mais linda do mundo.
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Um comentário:
amiga,
decepção 2:
assisti ao filme... e tbem é lindo...
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