quinta-feira, setembro 06, 2007

o outro xico

Ali no Todoprosa o Sergio Rodrigues falava esses dias da pesquisa em solo bretão o-que-você-quer-ser-quando-crescer. Escritor.
Tem mesmo muita gente escrevendo por aí ( se até eu, latinoamericana sem dinheiro no banco sem parentes importantes e vinda do interiorrrrrrrrrrrrrr). Ou já escrevia antes, mas agora divulgar ficou tão simples, nem da grana precisa mais, você faz um desses, pressiona seus parentes para garantir o número mínimo de leitores, torce para que os amigos leiam também e voilà. Lá está seu sujeito-verbo-predicado se desmanchando no ar virtual.
Obviamente, muita bobagem. Mas muita coisa boa. Isso tudo para dizer que ando visitando muito o blog do Xico Sá, eu que já o lia quando ele falava da paulicéia desvairada em NoMinimo (oh yeah, sou uma viúva inconsolável).
Mas aqui o tema é outro. O amor e seus demônios. Cantadas, trepadas, traições, pé-na-bunda. Tudo pulsa, tem vida, tem cor. A graça de viver essas experiências, mesmo quando dói. Porque no fim das contas ( que me perdoem os céticos de plantão, mas são anos de filmes de amor) essa é a grande questão, não? Temos nossas preocupações sociais, profissionais, metafísicas ( e ainda bem que perdemos o sono por elas), mas o desejo de ter alguém sempre perpassa a idéia de completude.
É fato que o mundo anda cada vez mais cínico e já decretaram a falência do amor. Tem aquele sociólogo, o Bauman, falando da dificuldade contemporânea de criar e manter vínculos afetivos, lado a lado com o anseio de ter esses mesmos vínculos. Tem o Sex and the city, que, well, sem a roupagem acadêmica e vestindo Oscar de La Renta, fala disso também.
O que eu quero dizer é que acredito piamente que nós precisamos do afeto. Pode ser mais difícil, pode parecer piegas, mas Tom Jobim cantou Wave, e eu acho que é verdade.
E vejam vocês, me perdi por aqui. Só queria falar do blog do Xico Sá. Mas vão lá, ele sim sabe o que diz.

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