É sério e assustador. Os casos se multiplicam, gente que eu conheço. Mas curiosamente, ainda não estou apavorada com o surto de dengue no Rio de Janeiro. Mas quase. Não tem mais repelente nas farmácias. Todos os dias recebo um email novo sobre formas de combate ao maldito do mosquito (própolis, mosquiteca feita de garrafa pet, álcool com não sei o quê e por aí vai). Isso é pauta de conversa no trabalho, no almoço, no boteco, no samba da pedra do sal – que acontece toda segunda e é um clássico do samba roots. Ensaiando ir, já que estou em processo de carioquização.
Pra vocês verem que é sério, essa semana dei mais um passo e fui conhecer a favela. Involuntariamente, na verdade. Ônibus errado, fui parar na Rocinha. Às dez da noite e chovendo. Voltei pra casa sã e salva e ligeiramente apavorada.
E como que eu pego ônibus sem prestar atenção onde eu estou indo? O culpado é essa delícia que ando lendo agora, Ser feliz, do Will Fergunson. Um editor frustrado publica um livro de auto-ajuda que resolve os problemas de todo mundo. Todos eles. De sexo a perda de peso, de dinheiro a depressão. O mundo entra em colapso. Bem escrito, divertido, irônico. Uma pérola pop. O único problema é que todo mundo me vê pra cima e pra baixo carregando um livro chamado "Ser Feliz" com uma margarida na capa. Pra que não pensem mal de mim, já me adianto explicando que NÃO é um livro de auto-ajuda. Ainda assim um ou outro me olha meio incrédulo. Mas tudo bem. Quando eles virem que eu não fiquei nem magra nem rica nem superautoconfiante vão acreditar em mim.
quarta-feira, abril 09, 2008
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