domingo, fevereiro 17, 2008

copacabana, sábado, 2:00 a.m.

Um dos inúmeros motivos pelos quais eu adoro o Rio é que a cidade (como todas as grandes) não pára nunca.
Enquanto olho pela janela esperando a encomenda da farmácia (problemas com o dente do ciso, caros, a essa altura do campeonato) lá fora a vida acontece, acontece, acontece.
Os que separam o jornal de amanhã lembram a gente que a vida pode ser dura, eu que reclamava de ter que trabalhar nos fins de semana até as 10 da noite.
Tem gente voltando da praia, Copacabana das putas, dos gringos e cada vez mais das famílias, ainda mais agora que a Help ( boate famosa das working girls) vai fechar e virar museu da Imagem e do Som. Casais de namorados passeiam pelas ruas como se estivessem no interior, ou eu que sou muito interiorana por achar meio arriscado. Alguém bebeu demais e pára o carro do outro lado da rua pra fazer xixi na calçada. O vigia do meu prédio, que tem cara de psycho, anda de um lado para o outro, e eu acho que ele não dorme nunca, toda hora topo com ele, de manhã, à tarde e à noite.
Meninos de rua, homens de rua, muitos motoqueiros e nenhum deles traz meu analgésico.
Tudo isso eu vejo da janela. Viva a noite carioca.

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